Encerramento das Oficinas do Teatro Barítono Raimundo Pereira emociona comunidade do Jacinta Andrade
...Entre aplausos, memórias e sonhos que sobem ao palco...
Da Redação - Na noite de 6 de dezembro, o Teatro Barítono Raimundo Pereira, no coração do Jacinta Andrade (Teresina-PI), pulsou ainda mais forte. As luzes se acenderam para revelar o talento lapidado ao longo do ano nas oficinas de teatro, dança e música. Um projeto que, mais do que ensinar técnicas, despertou vozes, moveu corpos, reacendeu esperanças e devolveu à comunidade o encantamento que só a arte é capaz de provocar.
O público lotou a plateia com olhos cheios de brilho e expectativa. Pais, amigos, vizinhos, professores, todos reunidos para assistir ao florescer de artistas que, em cada gesto, carregavam dedicação, disciplina e o desejo de transformar o mundo ao redor.
O riso inocente das crianças e a potência da escola que abraça a arte

Abrindo a noite, o espetáculo infantil “Nhô Mozarte e Zé Betovi”, dirigido por Jesus Viana (Fonte de pesquisa: google), trouxe ao palco um texto encontrado em pesquisas sobre “Teatro na Escola”, cuja autoria não foi divulgada. A peça apresentou, de forma divertida e sensível, as vantagens de inserir as artes no currículo escolar desde cedo.
Entre cenas carregadas de humor e musicalidade, as crianças mostraram que aprender pode, e deve, ser um ato de encantamento. Ao verem os pequenos intérpretes em cena, muitos se reconheceram ali: na timidez que vira coragem, na curiosidade que se transforma em criatividade, na educação que abre portas para o futuro.
O público riu, aplaudiu e se emocionou com a espontaneidade da encenação, testemunhando como a arte pode transformar não apenas o dia, mas a vida inteira de uma criança.
Quando o palco vira território de memória, luta e resistência

Em seguida, o palco ganhou outra textura, outra respiração. A peça adulta “Os Embrulhos”, de Maria Clara Machado, também sob direção de Jesus Viana, trouxe à cena um tema tão urgente quanto delicado: a dor das desapropriações e o apagamento das memórias em nome de um progresso que, muitas vezes, não enxerga pessoas, apenas terrenos.
A cada fala, o público era convidado a revisitar suas próprias histórias: a casa da infância, o cheiro do quintal, a cadeira da avó onde tantas conversas cabiam. “Os Embrulhos” lembrou que a vida não é feita apenas de paredes, mas de afeto. Ela não é feita apenas de construções, mas de pertencimentos. E que nenhuma cidade cresce de verdade quando silencia as memórias de quem a construiu.
A encenação foi marcada pela força dos atores, pela densidade emocional e pela delicadeza em tratar um tema tão profundo. Muitos se viram comovidos, reconhecendo no espetáculo o retrato de tantas comunidades que lutam para não serem apagadas.
Uma noite para guardar na memória do Jacinta Andrade
O encerramento das oficinas não foi apenas a conclusão de um ciclo de aprendizado. Foi a celebração da arte como espaço de cidadania, expressão e humanidade.

O Teatro Barítono Raimundo Pereira reafirmou seu compromisso com a cultura e com a formação de novos artistas, abrindo portas para que crianças, jovens e adultos possam contar suas histórias e escrever outras tantas.
Naquela noite, o Jacinta Andrade não assistiu apenas a espetáculos — viveu poesia, refletiu sobre a vida e se emocionou junto de seus artistas.
E quando as luzes baixaram, ficou no ar a certeza de que a arte segue sendo um lume que, mesmo em tempos difíceis, insiste em iluminar.
Imagem 1: Peça Infantil
Imagem 2: Peça Adulta
Imagem 3: Jesus Viana, Diretor.



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